domingo, 8 de fevereiro de 2009

EXISTE UM LUGAR

Lá tem edifícios baixos, ruas muitas, algumas sem asfalto, becos diversos.
Têm favelas, prédios chiques, prédios pobres, pouca gente apressada, a maioria sossegada.
Transporte coletivo escasso. Tem mais carros circulando do que vans perambulando.
Animais locais: jacarés, biguás, gambás.
O contraste do novo e do antigo, do esgoto tratado e do que fica a céu aberto, lançado em águas próximas, faz de o lugar ser meio roça e ser meio bairro.
Bairro de barro, bairro de areia, levantado de repente, nada muito planejado; era afastado demais para ser.
Poucos apostaram, muitos torceram o nariz, preferiram continuar nos seus terrenos e sobrados, não vislumbraram o futuro, desdenharam o sol, o vento forte, a proximidade do mar.
E hoje, o lugar continua crescendo.
Sobra espaço, sobem preços, sobem obras, crescem os olhos, cresce o trânsito, mas mesmo assim, por ser ainda longe de tudo, muitos resolvem se lançar até lá apenas para um breve passeio, pra pegar uma brisa; de visita.

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